sábado, 25 de março de 2017

Planeta sem nome

     Faz parte do bloqueio essa ansiedade maldita que insiste em me acordar às 3 a.m. e em reviver as cenas dos meus clássicos em situações cotidianas? Carmen, Hora, Filha do Mar. Referências em meio a originalidades me fazem virar em claro com altas expectativas. Em algum ponto, e não sei mesmo dizer qual, isso se funde ao mar de outros continentes e tudo vira uma coisa só. Uma coisa só, nenhuma coisa. O -in- fluxo me lançou a um planeta total desconhecido na Galáxia dos Cachos, e tudo aqui é um tanto confuso.
     Stitch e os olhos de gatinho me ajudam a desbravar, mas existem certos cantos onde a passagem cabe um lugar só. D. Moss se faz presente, sempre com alguma lição ou recordação importante. Por agora, não me deixa esquecer que o caminho certo é pra frente, e que o ''pra frente'' pode ter vários desvios se não souber enxergar com clareza. As incertezas parecem desfocar e abafar os caminhos estreitos das passagens de um lugar só, dificultando a identificação dos novos horizontes.

2 comentários:

  1. Tão intenso.
    Sempre tão poético.
    Denso.
    Misterioso.
    E sim, faz parte. Eu que o diga, sei exatamente como é "acordar às 3 a.m. e reviver as cenas dos meus clássicos em situações cotidianas", estamos juntos nessa :) nossa intensidade é quase simétrica.
    Sempre pra frente, quando a gente tem um destino, quando queremos chegar a algum lugar, até de olhos fechados a gente vai. Guiados pela clareza da alma ou sei lá o que isso significa. Fez sentido? O que eu quero dizer, eu acho, é que tudo bem não enxergar direito às vezes.
    Saudades de você por aqui.
    Volta logo.
    Volta mais.
    Mil beijos

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    Respostas
    1. É, Beca. Nossa intensidade é quase simétrica mesmo. Sorte a nossa.
      Fez sentido sim, você sempre faz. Tudo bem não enxergar direito às vezes.
      Saudades de você aqui também.
      Volto sim. Sempre volto.

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